top of page

Paternidade atípica: aprendendo a dançar na chuva

ree

Resumo: Conheça um pouco mais sobre a paternidade atípica do nosso sócio-fundador, Ramon Amorim.


Há um ditado que diz: "A vida não é sobre esperar a tempestade passar, mas sobre aprender a dançar na chuva". Para pais atípicos essa não é uma metáfora poética, mas uma realidade cotidiana. A paternidade atípica é uma jornada de ressignificação constante, na qual os planos iniciais dão lugar a uma nova coreografia. Coreografia essa imprevisível, mas profundamente transformadora.


Neste artigo, Ramon Amorim, sócio-fundador do PCD Hub conta um pouco sobre sua trajetória com seu filho Theodoro.


O diagnóstico: o céu que escureceu


Receber o diagnóstico de uma deficiência ou condição neurodivergente do filho é como ver o céu escurecer de repente. A primeira reação é muitas vezes de medo, luto pelos sonhos idealizados e uma pergunta ecoando na mente: "Qual caminho trilhar?".


Ramon começa nos contando como foi viver esse momento. "Quando recebemos o diagnóstico do nosso filho, foi um momento de incertezas. Eu precisei buscar informações, entender os caminhos e aprender a enxergar tudo com um novo olhar. Com o tempo, aprendi que a paternidade atípica é uma jornada de descobertas. Tanto para mim quanto para o Theodoro”.


Os primeiros passes da nova dança


Os primeiros meses após o diagnóstico são dedicados a aprender os movimentos básicos dessa nova coreografia:


  • Aprendendo a nova música: estudar sobre a condição do filho, entender terapias, buscar profissionais.

  • Ajustando o passo: adaptar a rotina familiar, a casa, as expectativas.

  • Encontrando o ritmo: descobrir novas formas de conexão e comunicação.


"Foi preciso desconstruir a paternidade que eu imaginava para criar a paternidade que meu filho precisava", compartilha Ramon.


Os parceiros de dança inesperados


Nessa jornada, descobrimos que não dançamos sozinhos. Aparecem parceiros fundamentais, que ajudam a dar os primeiros passos nessa dança, sejam eles amigos, familiares, profissionais de saúde... os próprios filhos.


"Se eu pudesse dar um conselho para outras famílias atípicas seria: não caminhem sozinhas", reflete Ramon.


A beleza que só quem dança na chuva conhece


Com o tempo, descobrimos belezas que outros pais nunca terão a oportunidade de experimentar. Elas se traduzem em cada progresso, em cada etapa vencida, por menor que elas sejam.


Ao mesmo tempo, é possível desenvolver uma força até então desconhecida. É como se os desafios forjassem uma nova pessoa. E, como não poderia ser diferente, aprende-se a amar sem expectativas, sem condições, sem roteiros.


"Hoje vejo que meu filho ressignificou minha vida! Situações que antes eram problemas no cotidiano, se tornam banais. Ele me ensinou sobre o que realmente importa: paciência, presença e a capacidade de encontrar alegria nos lugares mais inesperados, as vezes em simples gestos", diz Ramon.


Como aprender sua própria dança?


Para os pais que estão dando os primeiros passos nessa jornada.


  1. Permita-se sentir: a tristeza e a frustração fazem parte do processo.

  2. Busque sua tribo: conecte-se com uma comunidade capaz de entender sua realidade.

  3. Celebre pequenas conquistas: cada progresso, por menor que seja, merece festa.

  4. Cuide do dançarino: não negligencie seu próprio bem-estar.

  5. Confie no seu ritmo: sua jornada é única, não compare com a dos outros.


Conclusão: a dança transformadora


A paternidade atípica não é sobre consertar ou curar, mas sobre amar e aceitar. É sobre trocar a expectativa pela admiração, o controle pela entrega, o medo pela coragem.


"Hoje, quando vejo meu filho, não vejo um diagnóstico - vejo um companheiro que me ensinou a dançar na chuva. E descobri que, quando se dança junto, até a tempestade mais forte pode ser bonita", finaliza Ramon.


Aos pais que estão aprendendo essa dança: respirem, confiem e dancem. A música pode não ser a que vocês esperavam, mas a coreografia que vocês estão criando juntos é mais linda do que qualquer uma que poderiam ter pensado.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe com alguém que precisa se sentir menos sozinho nessa jornada. No PCD Hub, acreditamos que todas as famílias merecem encontrar sua própria música e aprender a dançar na chuva juntas.

 
 
 

Comentários


bottom of page